quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Projeto Genoma Humano



Iniciado formalmente em 1990, O Projeto Genoma Humano foi coordenado por 13 anos pelo Departamento de Energia do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. O projeto originalmente foi planejado para ser completado em 15 anos, mas o desenvolvimento da tecnologia acelerou seu final para 2003.
As principais metas do Projeto Genoma Humano foram:
• Identificar todos os genes humanos;
• Determinar a sequência dos cerca de 3,2 bilhões de pares de bases que compõem o genoma do Homo sapiens;
• Armazenar a informação em bancos de dados;
• Desenvolver ferramentas de análise dos dados;
• Transferir a tecnologia relacionada ao Projeto para o setor privado;
• Colocar em discussão os problemas éticos, legais e sociais que pudessem surgir com o Projeto.

Essa primeira visão do genoma humano produziu uma enorme quantidade de informação e mostrou algumas surpresas. “Muito ainda permanece para ser entendido nesse mar de informação, como concluído pelos cientistas envolvidos nesses estudos, quanto mais aprendemos sobre o genoma humano, mais há para ser explorado.”

A seguir, alguns resultados obtidos na primeira publicação da sequência:
• O genoma humano contem 3,2 bilhões de nucleotídeos;
• O tamanho médio dos genes é de 3.000 bases, mas varia muito, sendo o maior deles o gene da distrofina com 2,4 milhões de pares de bases;
• A função de cerca de 50% dos genes descobertos é desconhecida;
• A sequência do genoma humano é 99,9% exatamente a mesma em todas as pessoas;
• Cerca de 2% do genoma codifica instruções para a síntese de proteínas;
• Sequências repetidas que não codificam proteínas constituem mais do que 50% do genoma humano;
• Não são conhecidas as funções para as sequências repetidas, mas elas ajudam a entender a estrutura e a dinâmica dos cromossomos. Através dos anos essas repetições reformulam o genoma rearranjando-o, criando desse modo genes inteiramente novos ou modificando genes já existentes;
• O genoma humano possui mais sequências repetidas (50%) do que  Arabdopsis thaliana (11%), o verme C. elegans (7%), e  Drosophila (3%);
• Mais do que 40% das proteínas humanas preditas compartilham similaridade com as proteínas de moscas e de vermes;
• Genes estão concentrados em áreas, ao acaso, ao longo do genoma, com vastas sequências sem código para proteínas entre eles;
• O cromossomo 1 (o maior do genoma humano) tem o maior número de genes - 3.168 – e o cromossomo Y, o menor -344;
• Algumas sequências gênicas específicas foram associadas com numerosas doenças e disfunções, incluindo câncer de mama, doenças musculares, surdez e cegueira;  
• Os cientistas localizaram, no genoma humano, milhares de locais nos quais há diferença de apenas uma base. Essa informação promete revolucionar o processo de encontrar sequências de DNA associadas com doenças muito comuns tais como disfunções cardiovasculares, diabetes, artrite e câncer. 

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